Empossado pelo ministro, Alfredo Bertini assume como presidente da Fundação Joaquim Nabuco

  -   31/01/2019

O economista, professor, pesquisador e produtor de entretenimento Alfredo Bertini é o novo presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Ele foi empossado nesta segunda-feira, 28, pelo ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, em cerimônia realizada no Cinema do Museu, no campus Casa Forte, em Recife.

“É uma satisfação empossar na presidência da Fundação Joaquim Nabuco um grande intelectual e amigo. Não tenham dúvidas de que a gestão dele será de grande sucesso na condução dos destinos dessa casa de cultura”, destacou o ministro. Segundo ele, Alfredo Bertini é um líder cultural que sempre buscou propostas de alcance nacional e “certamente ajudará a irradiar a figura do Nordeste e a cultura pernambucana em âmbito nacional”, completou.

Na ocasião, o ministro lembrou a figura de duas pessoas importantes na cultura brasileira: Joaquim Nabuco e Gilberto Freyre. Em seu entender, ambos representam arquétipos para a reconstrução da memória cultural. “São muitos os motivos que temos para comemorar a existência da Fundaj, a começar pelo próprio pensamento de Joaquim Nabuco, que fundamentou a criação da entidade”, disse. Para o ministro, Joaquim Nabuco apresenta uma “visão corajosa das relações internacionais que nos permite encarar o mundo globalizado de hoje de cabeça erguida”.

“A Fundação Joaquim Nabuco traz em seu alicerce todo um legado para a cultura pernambucana. Trata-se de um berço cultural do Brasil moderno”, finalizou Ricardo Vélez.

Ao salientar a importância da Fundaj como unidade de pesquisa, Alfredo Bertini destacou a relevância do momento em que assume a fundação. “Temos prioridades já estabelecidas pelo presidente Jair Bolsonaro e vamos pensar em uma ação da fundação, que possa, através de sua condição de instituto inicial de pesquisa, da formação da parte educacional, dos seus cursos de especialização e mestrado, manter essa sintonia com o que está estabelecido pelo governo federal, pela política de desenvolvimento regional e, particularmente, pela política estabelecida pelo ministro Vélez Rodríguez”, finalizou.

Em 2017, Alfredo Bertini, que junto com sua mulher, Sandra Bertini, organiza o festival Cine PE, um dos mais importantes do país, reagiu a uma ação de cineastas que pediram para retirar da programação dois filmes. O grupo pedia a saída de “O jardim das aflições”, de Josias Teófilo, sobre o filósofo Olavo de Carvalho, e a ficção “Real – O plano por trás da história”, de Rodrigo Bittencourt, que trata dos bastidores da criação do Plano Real, em 1994. Os cineastas defendiam a retirada das produções porque elas compactuariam com o “discurso partidário da direita e o golpe” (termo usado por militantes de esquerda para tratar do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, no ano de 2016).

Alfredo Bertini interveio pessoalmente e defendeu a permanência e o direito de exibição das duas produções, sobretudo a que tratava da obra de Olavo de Carvalho. O atual presidente da Fundaj foi boicotado antes e depois pelo grupo com a retirada de produções de sete cineastas e reorganizou a programação do festival, que foi adiado. O caso tomou dimensão nacional e, após a polêmica, o filme “Jardim das Aflições” foi exibido e consagrado como o grande vencedor do festival, levando os prêmios de Melhor Longa-Metragem, escolhido pelo júri do festival, e de Melhor Filme pelo júri popular, por meio de votação on-line.

Fonte: MEC
 
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